segunda-feira, 3 de setembro de 2012

04 de setembro_ Lançamento do livro e abertura da exposição Vala clandestina de Perus: desaparecidos políticos, um capítulo não encerrado da história brasileira!



Os crimes da ditadura começaram a ser conhecidos pelo povo brasileiro com a descoberta da vala clandestina do Cemitério de Perus, em 1990. Foi criada uma CPI na Câmara Municipal de São Paulo quando, pela primeira vez, o parlamento tratou de assunto no país.
De 17 de setembro de 1990 a 15 de maio de 1991, a CPI do legislativo paulistano ouviu vítimas, algozes e cúmplices, localizou corpos, um centro de tortura até então desconhecido e revelou atrocidades. Foi, até então, a maior investigação sobre os crimes da ditadura no Brasil.
Osdepoimentos e desdobramentos daquele período, que serão utilizados no trabalho que está sendo desenvolvido pela Comissão Nacional da Verdade estão no livro Vala Clandestina de Perus, desaparecidos políticos, um capítulo não encerrado da história brasileira.
Junto com o lançamento, será aberta exposição com fotos históricas, tiradas durante a abertura da vala pelo fotógrafo Marcelo Vigneron e outras, dos arquivos dos familiares de mortos e desaparecidos e também encontradas nos espaços públicos utilizados por servidores, agentes e cúmplices do regime autoritário.
A publicação reúne textos de Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia do governo federal; da ex-prefeita Luiza Erundina, que governava São Paulo à época; do vereador Ítalo Cardoso e da ex-vereadoraTereza Lajolo, que fizeram parte daquela CPI; de Ivan Seixas, Maria Amélia Teles e Suzana Lisboa, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos; dos procuradores regionais da República, Eugênia Augusta Gonzaga e Marlon Alberto Weichert, responsáveis por ações judiciais sobre a identificação de mortos e desaparecidos e por iniciativas civis e criminais contra pessoas acusadas de violação dos direitos humanos durante a ditadura; do antropólogo forense peruano José Pablo Baraybar, que estuda o assunto na América Latina; e do jornalista Luiz Hespanha, pesquisador da história da ditadura civil-militar instalada no Brasil em 1964.
Dia 4 de setembro de 2012, às 19 horas, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, rua General Jardim, 522, Vila Buarque, São Paulo, SP.
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=192816&id_secao=11


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